sexta-feira, 20 de setembro de 2013



A “festa das frutas” de 2010.  A Congregação Israelita Mineira professa a sua fé em Deus.





Durante o culto do “shabat” celebrado em 14 de maio de 2010, o rabino Leonardo Alanati, convidou os visitantes para participarem da “festa das frutas”.

Hierania decidiu participar da confraternização.

Em 23 de maio de 2010, compareceu ao evento na Av. Estado de Israel, Mangabeiras, em Belo Horizonte/MG.

Naquela época, Hierania não andava sozinha.  Necessitava de auxílio para fazê-lo, dada a sua ausência de visão sensorial e de autoconfiança para se locomover individualmente.  Assim, Maria Marta de Miranda e Ana Paula Miranda foram as suas acompanhantes.  Maria Marta pedira-lhe para levar a sua filha, Ana Paula, com fins de que esta pudesse se distrair um pouco.

Depois, Bruna Micheliny Batista Pereira Ottoni juntou-se a elas.

Naquele dia, tinha ido a Missa dominical na Basílica de Nossa Senhora de Lourdes.  Após fazer as minhas orações, decidi ir visitá-la.

Quando lá cheguei, a festa já estava terminando.  Tive tempo apenas para comprar uma batata frita e um refrigerante.

No caixa, a mocinha deu-me a ficha alaranjada.  Teria que ter me dado a amarela.  Isto deu uma grande confusão na hora de retirar as batatas na barraquinha.

Um senhor judeu já bastante idoso, gritou para a voluntária que desse-me as batatas, independente da cor da ficha, porque o que me interessava era comer as batatas e não ficar discutindo a cor das fichas.

Por evidente, foi muito sábio.  Estava com muita fome.  Já, eram quase três horas e não tinha almoçado.

Peguei minhas batatas e meu refrigerante e fui procurá-las.

No caminho, passei entre os políticos, Hélio Costa e Márcio Lacerda, e nem reparei.  Foi Maria Marta quem me mostrou-lhes, assim que as encontrei sentadas em um banco da praça.

Contaram-me que tinham comido e bebido, mas que nenhuma pessoa da comunidade tinha lhes dirigido a palavra, exceto as senhoras da barraquinha do arenque que fizeram questão de servi-lo a Hierania.

Hierania se encantou com o sabor do arenque, do salsichão, do queijo muçarela derretido na brasa e das tortas de ricota e de maçã.  Disse-me, que estava tudo muito bem preparado e muito saboroso.

Antônio Anastasia tinha comparecido mais cedo.

Nos amplificadores, repetia-se insistentemente: “Um País Tropical”, de Jorge Benjor.

Hierania e Bruna Micheliny comentavam a respeito dos livros adquiridos para o estudo da “liturgia judaica”, que iria se iniciar em 10 de agosto de 2010.

Contaram-me que, durante a aquisição dos livros, o rabino Leonardo Alanati convidou Bruna Micheliny para participar do curso e, também, que queria ouvir sua opinião sobre a participação do papa Pio XII no envio de judeus para o campo de extermínio, no início da II Guerra Mundial (1939-45).

Demonstrou muita simpatia ao conversar com Bruna.

Não dirigiu uma palavra a Hierania.  A sua opinião não foi sequer ouvida.

Também, não lhe concedera um simbólico desconto na aquisição de várias obras.  Sandra Alanati disse-lhe apenas que os descontos ficavam a critério de seu marido.

Hierania pagou os duzentos e setenta ou trezentos Reais com um de seus cheques pessoais da Caixa Econômica Federal (CEF).

Como Hierania não enxerga, Sandra Alanati o preencheu à mão. Por óbvio, Hierania apenas assinou-o.

Depois, foram embora.

Todos estavam muito alegres na praça, mas não houve nenhuma oração israelita naquela data.

Apenas mocinhas da comunidade, diziam entre si e próximas a Hierania: “_Deus da a cada um aquilo que merece.”.

Não entendemos o porquë destas suas colocações.  Também, não vimos nada de errado em dizerem estas palavras.


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