sexta-feira, 20 de setembro de 2013



A Igreja Católica e os seus meios de comunicação






Hierania não teve muito contacto com os meios de comunicação católicos.

A primeira vez, deu-se quando estava na puberdade.  Seu trabalho intelectual sobre a vida do papa João Paulo II foi publicado no jornalzinho da paróquia de Nossa Senhora da consolação, juntamente, com a exposição do cartaz ilustrativo da matéria.

Foi um sucesso.  Todos diziam-lhe que tinha muito talento.

Contudo, os seus méritos não foram respeitados, porque não recebeu o prêmio do concurso a que concorrera.

Por uma questão de favoritismo, seu trabalho intelectual fora repassado para a sua melhor amiga, Adriana Raquel Mandon.  Esta, por ser filha de Irma Mandon, a catequista da Igreja, foi ao encontro do papa João Paulo II no lugar de minha filha, em 1980.

Depois, a própria Adriana contou o ocorrido para Hierania.  Por evidente, isto estremeceu as relações entre Hierania e a Igreja.

Hierania não quis escrever mais para o jornalzinho da paróquia.  Este, por sua vez, não foi adiante.

Hierania e Adriana Raquel, porém, continuaram amigas.  Tanto é, que, em 1986, dona Irma Mandon tornou-se sua madrinha de Crisma.

A segunda vez, deu-se ao entrar em contacto com a redação do Jornal de Opinião, em Belo Horizonte/MG, em 1996.

No entanto, Dom Serafim Fernandes de Araújo não quis que fosse publicado os créditos autorais à pessoa de minha filha, Hierania Batista Avelino Peito, no Jornal de Opinião em relação a matéria jornalística que fizera a respeito do trabalho infantil no Brasil e a necessidade de se combatê-lo.

Assim, foi necessário que este periódico publicasse uma errata no mês de abril de 1996 para constá-los e tentar corrigir a injustiça.

Na época, o padre João Batista Megale e outras tantas pessoas na Basílica de Lourdes ficaram indignados com a posição assumida por Dom serafim, que fizera isto apenas para não contrariar os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), que não queriam que o trabalho de Hierania fosse divulgado na sociedade mineira.  Os desembargadores do TJMG não queriam que Hierania tivesse qualquer penetratividade social.

As Irmãs Beneditinas do Mosteiro de São Bento, também, ficaram indignadas com o ocorrido e disseram-nos que iriam protestar junto a Cúria Metropolitana de Belo Horizonte/MG a respeito daquela grave violação de seus direitos autorais.

Diante do tratamento desrespeitoso, Hierania comunicou à diretora de redação que não iria mais redigir matérias para o jornal.  Estas versariam sobre o desenvolvimento do trabalho de identificação das fontes financeiras, políticas e sociais que fomentavam o trabalho infantil e a sua forma de combate.

Hierania também não recebeu nenhum crédito financeiro pelo seu trabalho jornalístico.

A série de matérias fora encomendada pela diretora de redação do Jornal de Opinião, que apenas lhe ofereceu em contrapartida, a divulgação de seu nome naquele espaço.  Era um trabalho profissional que deveria ser prestado de forma voluntária e não-remunerada.

Há, ainda, dois outros fatos, que ocorreram antes e depois da publicação desta matéria jornalística e que nos chamaram  muito a atenção.

Um deles, foi que fora feito uma ampla reportagem com Sumara Ribeiro a respeito do combate ao trabalho infantil, em que os direitos autorais de Hierania eram inteiramente violados, pois Sumara discursou o trabalho intelectual de Hierania como se seu fosse.

Sumara tivera acesso a matéria jornalística de minha filha, porque fazíamos parte do mesmo grupo de trabalho de combate ao trabalho infantil e Hierania havia lhe mostrado o trabalho redigido com base em suas observações nas reuniões na Coordenadoria de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte/MG.

Fazíamos respectivamente parte do Tribunal Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e do Tribunal Internacional de Combate ao Trabalho Infantil, ambos, dirigidos por Hélio Bicudo, então, deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT(, de São Paulo.

O outro, consiste no fato de que a matéria jornalística produzida por Hierania foi lançada, em âmbito nacional e internacional, pelo jornalista Gilberto Dimestein, pouco tempo depois.

Posteriormente, sendo esta matéria premiadíssima pela grande mídia.

Assim que fora divulgada, Hierania imediatamente fez contacto com a redação da Rádio CBN Brasil em São Paulo/SP para informar-lhes que fora vítima de plágio e para pedir que houvesse a justa reparação.

Primeiro, desconversaram.  Disseram que não sabia do que se tratava.

Depois, apenas deram risadas.  Disseram-lhe que Gilberto Dimenstein era um jornalista premiadíssimo internacionalmente e que ela não tinha como provar que fizera o trabalho de pesquisa e a matéria jornalística antes do mesmo.

E, na prática, os seus direitos autorais foram violados e não lhe foi ressarcido os danos morais e materiais que sofrera.

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