sexta-feira, 27 de setembro de 2013



O casamento de Sandra e Carmelito






Sandra e Carmelito casaram-se na Basílica de Lourdes, em Belo Horizonte/MG, em 1974.

Foi um dia muito bonito.  O Sol irradiou do início ao fim da tarde.  A temperatura estava agradável.  Fazia calor, mas o vento suavizava-o.

Os noivos casaram-se por volta das seis horas da tarde.  Estavam elegantérrimos.

Minha prima, Sandra Marília Moreira Batista, estava tão radiante e iluminada como o Sol.  Parecia uma princesa.

Carmelito, nervosíssimo.  Mas estava consciente e alegre do importante passo, que estava dando na vida.

Hierania foi convidada para ser a dama de honra que iria levar as alianças de ouro maciço do casal.

Foram feitos vários ensaios.  Hierania e eu comparecemos a todos.

Na data do casamento, as damas de honra estavam vestidas com vestidos alaranjados ou azuis.

As irmãs de Sandra, Suzana, Vera e Berenice, foram algumas destas damas.

Hierania vestiu um alaranjado.  Ficou uma gracinha.

Sandra, preocupada em preservar as suas alianças, repetia e repetia a Hierania, durante o trajeto de sua casa até a Igreja, que não desse as suas alianças para ninguém, mesmo que as pedissem muito.

Hierania respondeu-lhe que iria cuidar muito bem delas.

Ocorre, que, quando o padre pediu-lhe o cestinho com as alianças, Hierania não lhe deu.  Pediu-se e pediu-se e não dava.

Vera aproximou-se para pegá-las.  Não sabia o porquê estava se comportando daquela maneira.

Depois da cerimônia, disse-nos que pensou apenas que era uma birra de criança, já, que Hierania tinha apenas três ou quatro anos de idade.  Não sabia das insistentes recomendações de Sandra no automóvel.

Também esta parte da cerimônia não fora ensaiada.  Ensaiou-se apenas a entrada e a saída da Basílica.

Vera acabou por puxar o cesto das mãos de Hierania, que, por sua vez, repuxou-o.

Resultado: as alianças rolaram pelas escadas à baixo.  Foram parar entre os primeiros bancos da Basílica.

Os convidados ficaram espantados e exclamaram em uníssono.  Começou-se a procurar as alianças para serem consagradas e, conseqüentemente, para declarar o casamento religioso dos noivos.

Após alguns instantes, foram encontradas e finalmente repassadas ao padre.

Sandra ficou muito vermelha, pois esquecera-se de dizer-lhe que désse as suas alianças para o padre, quando este as pedisse.

Mas, apesar de todo este contratempo, foi uma bonita cerimônia.  Os noivos estavam muito felizes.

Naquela época, encontrava-me em processo de desquite judicial consensual.  Não tinha nenhuma renda, pois Secundo não queria me pagar a pensão alimentícia.  Pensava, que, agindo desta forma, forçaria a volta de nossa coabitação.

Por este motivo, passamos Hierania e eu a morarmos de favor na casa de meu tio Juca (José Bapttista Pereira), na Rua Bernardo Guimarães 1919, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte/MG.

Ficamos lá, aproximadamente por um ano.  Fomos muito bem tratadas por todos.

Gostei muito de ter convivido com o meu tio, pois sua postura pessoal parecia muito com a postura de meu pai.  Recordei muito de minha infância.

Era uma família muito alegre e feliz.

Sandra e Carmelito tiveram quatro filhos: Alessandra, Rodrigo, Thiago e Renato.

Anos mais tarde, o amor acabou entre Sandra e Carmelito e o divórcio chegou.

Com o falecimento de tio Juca, os herdeiros venderam o belíssimo casarão da Rua Bernardo Guimarães.

Hoje, em seu antigo endereço, funciona uma agência do Banco Itaú/Unibanco S/A.

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