sexta-feira, 4 de outubro de 2013



A saúde de Bruna Micheliny Batista Pereira Ottoni






Bruninha nasceu na Capital do Estado de São Paulo, em 3 de fevereiro de 1983.  Chegou com dois quilo e oitocentos gramas e com cinqüenta e três centímetros de cumprimento.

Tinha um nariz bastante pontiagudo.  Dizíamos que era só um nariz.

Sempre foi uma criança muito saudável e bonita.

Mas, como a maioria das crianças, durante a infância e a adolescência, teve dores de ouvido, de garganta e bronquite.

As dores de ouvido foram resolvidas por meio da aspiração, em seus tímpanos, de uma camada expessa de cerúmen, que mais se assemelhava a um filtro de cigarro.

O Drº. Florisval Meinão _ o otorrinolaringologista da família _ atribuiu o fato a infiltração de água em seus ouvidos, por ocasião de seus primeiros banhos.

As dores de garganta voltavam sempre no inverno.  Com o tratamento, foram abolidas por completo.

A bronquite, porém, recebeu um tratamento pitoresco. 

Dona Liquinha tinha me dito que curara a bronquite de cada um dos seus filhos, oferecendo-lhes um pote de dois quilogramas de sorvete para consumir, durante as crises que ocorriam no inverno.

A falta de ar em seus pulmões era tão severa, que resolvi experimentar o método.  Deu certo.  Nunca mais teve crises de bronquite.  Ficou completamente curada.

Aos cinco anos de idade, pediu-me um pouco de vinho branco para experimentar.  Dei-lhe uma colher de sopa.  Estávamos ceiando no Natal de 1988.

No dia seguinte, teve uma convulsão que quase lhe levou a morte.  Precisou ser ressucitada por meio do uso de um desfibrilador no Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, na data de 25 de dezembro de 1988.

Após ser ressuscitada mecanicamente, teve a necessidade de ficar internada por aproximadamente uma semana, porque passou a ter uma forte dor de cabeça.  Os médicos não sabiam me dizer, se era cefaléia, ou enxaqueca.

O fato é, que recebia uma doze pesada de medicação injetável no soro e, mesmo assim, as suas fortes dores de cabeça não cediam.

Os médicos, Hierania e eu ficamos quase doidos com aquilo.  Bruna Micheliny não reagia a medicação alguma e gritava de dor o tempo inteiro.

Hierania teve a idéia de ir passear com ela pelos jardins da Santa Casa de Misericórdia, após a realização de alguns exames de raio X.

Empurrava-na em uma cadeira de rodas.  Bruna ia guiando-a por meio da fala.

Parece-me, que isto fez com que distraísse, pois, quando voltaram do passeio, as suas fortes dores de cabeça tinham passado.

Os médicos disseram-me apenas que estava com o moral baixo em razão do restrito espaço de nosso apartamento.  Tinham quatro pessoas habitando o pequeno quitenete que alugávamos na Rua Major Diogo nº 115, apto: 402, Bela Vista, em São Paulo/SP.  Nesta época, minha irmã, Clélia das Dores Batista Pereira também residia conosco.

Em seu prontuário, constou apenas “cefaléia a esclarecer”.  Mas prescreveram “gardenal” por um mês.  Depois, não prescreveram nenhum outro medicamento para uso contínuo.

Bruna Micheliny não voltou mais a ter convulsões.  Apenas tinha fortes enxaquecas, de quando em vez.

Naquela época, sem que saibamos o porquë, também, teve ausência de pigmentação em seu cabelo.  Ficara como se tivesse feito luzes brancas.

Com o passar do tempo, a pigmentação negra de seus cabelos voltou naturalmente.

Depois, decidiu fazer luzes douradas permanentemente em seus cabelos.

Desde que teve a sua primeira menarca, teve cólicas ovarianas e severas hemorragias, que, certa vez, quase levou-lhe a morte em razão de uma profunda anemia.

Bruna Micheliny tem dificuldade para se alimentar.  Já, teve bulimia nervosa.

hoje, está curada, graças ao tratamento psicoterapêutico que fez com o Drº. Ivan Vitóvá Junqueira.

Acredito, que apenas não morrera, porque a fiz beber muito suco de frutas e comer muitos hortifrutigranjeiros.  Daquela vez, escapou.

Seu prato preferido é o macarrão.  Se deixar, come apenas pães, massas e carnes bovina e de frango.

Não gosta de comer arroz, feijão, verduras, saladas e carne vermelha tão necessários para manter equilibrada sua dieta nutricional diária com fins de ter uma boa saúde.

Em julho de 1996, durante o retorno da festa julina no clube campestre da “Colônia Portuguesa de Belo Horizonte/MG “ _ que ficava no Distrito de Justinópolis, no Município de Ribeirão das Neves/MG _ Bruna Micheliny teve uma convulsão.

Pensei, que tinha morrido, pois nunca tivera contacto com ninguém em situação de crise epilética.

Um motorista de Marcos Sant’Anna, que estava incumbido de nos transportar de casa à festa julina e vice-versa, levou-nos até o Pronto Socorro do Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova.

De lá, transferiram-nos de ambulância para o Pronto Socorro do Hospital João XXIII, porque não tinham estrutura para atendê-la.

Hierania e Maria Helena Caseiro chegaram mais tarde.  O motorista de Marcos Sant’Anna deixaram-nas no Hospital João XXIII.

Quando chegaram, a situação já estava sob controle.  Tinha sido medicada e encontrava-se em observação.  Depois de umas doze horas, foi liberada e voltamos para casa.

Mas passou a ter crises mensais de epilepsia. 

Daí, passamos a procurar o Pronto Socorro do Hospital Felício Rocho para socorrê-la.

Em uma destas vezes, o Drº. Geraldo Alves da Silva Júnior disse-nos para procurar o seu professor de neurologia, porque era o melhor neurologista que conhecia na cidade.

Então, procuramos o Drº. Itamar Megda Cesarini, que a acompanha, até hoje.

De fato, as convulsões cessaram com o uso da medicação que lhe prescreveu.  Com o passar do tempo, a arritmia cerebral que tinha também foi corrigida.

Hoje, apenas mantém o controle do tratamento com medicamentos anticonvulsivos.

Os doutores, Itamar Megda Cesarini e Geraldo Alves da Silva Júnior, são grandes médicos neurologistas.  Têm toda a minha gratidão.

Também, teve problemas em sua mão direita.  O osso de um de seus dedos foi deslocado, mas, graças a deus, não comprometeu a sua função.

Isto se deu, porque, em janeiro de 1997, Bruna Micheliny insistiu para viajar para a casa de praia de sua amiga, Suellen Duarte, em Guarapari/ES.

Como tinha apenas quatorze anos de idade, permiti que fosse, pois iria toda a sua família.

Chegando lá, Bruna Micheliny contou-me que Leonardo _ um dos irmãos de Suelen _ não só, não largou a sua mão, como a puxou, enquanto estavam no “banana boat”.

Contou-me, ainda, que sentiu o seu dedo deslocar na hora.  A dor foi intensa.  O dedo ficou inchado, pálido e arroxeado.

Disse-me, que pediu para Sônia e Tomaz levá-la até um Pronto Socorro, vez que estava amparada pela assistência de seu plano de saúde.  Mas não quiseram conduzi-la até o Hospital Santa Mônica ou qualquer outro que estivesse disponível para o seu socorro imediato.

Telefonou-me, por várias vezes.

Disse-lhe para pegar um ônibus e regressar para Belo Horizonte/MG, porque não tinha dinheiro para pagar mais do que uma passagem.

No entanto, não teve condições de fazer nada.  Ficou sentindo dores atrozes até regressar de Guarapari/ES, juntamente, com esta família.

Quando vi o seu dedo, quase enloqueci.  Este, ainda, estava inchado, pálido, arroxeado e bastante dolorido.

Fiquei com muito medo de perder a minha filha, vítima de uma granguena.  Fizeram uma grande maldade com a menina.

Bruna Micheliny, por sua vez, disse-me que o seu dedo tinha ficado muito pior.

Levei-a ao Pronto Socorro do Hospital Vera Cruz.

O ortopedistaengessou a sua mão.  Mas, quando o gesso foi removido, o seu dedo tinha ficado torto.

Perguntei ao médico o porquê de ter ficado torto.  Respondeu-me que era em razão de ter se socorrido tardiamente.

Não me conformei com esta deformidade na mão de minha filha.  Procurei um ortopedista no Hospital Albert Einstein, em julho de 2000.  Este disse-me que, em razão de ter sido engessado de forma incorreta, o seu dedo ficara torto.  Mas, como a função tinha sido preservada, não se deveria mexer.  Concordamos com o médico e nada mais foi feito.

Bruna Micheliny ficou com o defeito em seu dedo anular da mão direita.

No mês passado, operou o nariz para a correção do desvio do septo nasal e para a remoção das adenóides.  Parece-me, que a rinite e a sinusite que possuía também melhoraram imensamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário