sexta-feira, 18 de outubro de 2013



A saúde de Hierania Batista Avelino Peito.  A existência da deficiência visual e da Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-hauser marcam a sua vida - Parte III.






Aos onze anos de idade, Hierania teve um calázio no olho direito.  Foi necessário submeter-se a uma nova cirurgia oftalmológica.  Esta se deu, sem anestesia local no bloco cirúrgico, porque esta não pegava de jeito algum.  Foi realizada no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), enquanto passava as férias escolares de final de ano com seu pai (Secundo Avelino Peito).

Depois os doutores, Pacheco, Homero Gusmão de Almeida, Cláudio Luiz Lottenberg, Márcio Aurélio Martins Abreu, Alexandre Azevedo e Christine Helena Fagundes de Maria Aburachid, assumiram o seu tratamento oftalmológico, ao longo do tempo.

Diagnosticou-se que, também, era portadora de nistagmo em ambos os olhos.  Este é o nome científico que se dá para o descontrole neurológico do globo ocular.

Em razão das várias cirurgias oftalmológicas a que foi submetida a partir de um ano de idade, perdera o apetite.  Foi necessário introduzir em sua dieta, um medicamento para estimulá-lo.  Chamava-se: “hercil”.  Acredito que seja este o seu nome.  Porém, não tenho mais certeza disto.

Sua alimentação diária, também, foi bastante reforçada.  Pelas manhãs, obrigava-lhe a tomar suco de laranja e um copo de leite com chocolate ou um iogurte, além de uma maçã, uma banana, um pão com queijo e manteiga e dois ovos cozidos.  Às vezes, dava-lhe ovos com bacon.

As suas refeições também eram bastante reforçadas.  Dava-lhe arroz, feijão, carne, verduras e legumes.  Não era nada sofisticado.  Sempre adotamos o trivial cardápio da culinária mineira.  Mas tudo muito linpo e muito bem-feito, o que deixa a minha comida muito saborosa.  Acredito que o maior segredo da cozinha é saber fazer uma comida com um bom tempero caseiro.

Era preciso distraí-la, para que se alimentasse.  Assim, brincávamos de aviãozinho, de trenzinho, de barquinho, recitávamos poesias ou cantávamos para envolvê-la, enquanto íamos dando-lhe, em sua boca, as colheradas de sua comida.

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