sexta-feira, 18 de outubro de 2013



A saúde de Hierania Batista Avelino Peito.  A existência da deficiência visual e da Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-hauser marcam a sua vida - Parte I.






Hierania tem uma saúde de ferro.  Mas nasceu com uma deficiência em sua visão sensorial e em seu aparelho reprodutor feminino.

É inegável que estas limitações orgânicas fazem com que minha filha seja uma mulher diferente das outras.

Durante a sua gestação, tive contacto por duas vezes com o vírus da rubéola.

Na primeira vez, deu-se após comer um peixe, quando, ainda, morávamos em Governador Valadares/MG.

Em setembro de 1969, o meu marido, Secundo Avelino Peito, foi promovido para a comarca de Belo Horizonte/MG.  Após a posse em seu novo cargo, assumiu a titularidade da 1ª Vara Cível desta comarca, no Forum Lafayette e, conseqüentemente, foi também o seu diretor, porque, naquele tempo, estas funções eram cumulativas e obrigatórias.

Por este motivo, passei a cuidar de nossa mudança do interior mineiro para a Capital do Estado.  Fui conhecer a nossa casa na Rua Arari 80, no bairro do Bonfim, com fins de providenciá-la.

Quando lá cheguei, a porta da sala da casa estava semi-aberta.  Existia apenas uma bonita criancinha chorando dentro de um berço.  Aproximei-me dela.  Era Mariza Peito Schoenencorb, filha de Luiz Schoenencorb e Rachel Maria Peito Schoenencorb.  Esta era a terceira filha de meu marido.

Tão logo a peguei no colo, Rachel e suas irmãs, Stael Lúcia Peito Mello e Ethel Beatriz Peito Alves, surgiram na sala de repente e,, aos gritos, disseram-me para soltá-la, porque estava infectada com o vírus da rubéola.  Em uníssono, disseram-me que minha filha iria nascer cega.

E, de fato, Hierania teve catarata congênita, proveniente de rubéola, que, na época, chamava-se de: “sarampo alemão”.

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