sexta-feira, 18 de outubro de 2013



A saúde de Hierania Batista Avelino Peito.  A existência da deficiência visual e da Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-hauser marcam a sua vida - Parte XII.






Em 1994, adquiriu um zumbido internitente em seus ouvidos, ao ser submetida a um grande estresse físico e emocional.  Mas este zumbido não lhe afetou a audição.

Disse-me que se assemelha a um leve chiado, que se torna bastante perceptível apenas quando está deitada ou quando coloca fones de ouvido.

Acredita, que este seja um problema no funcionamento químico de seu cérebro e não em uma desfunção de seus ouvidos, porque não consegue distinguir de que ouvido vem o chiado.

Pensa, que os otorrinolaringologistas, os neurologistas e os psiquiatras deveriam desenvolver pesquisas científicas, conjunta ou separadamente, em busca da cura deste terrível mal.

Acredita, que o sofrimento de uma grande desesperança ou de uma grande contrariedade seja a sua principal causa.

Em 1994, eu e minhas filhas _ Hierania e Bruna Micheliny _ enfrentamos privações materiais e desesperança, até então, sem precedentes.  Chegamos a passar fome por três dias consecutivos.  Bebíamos apenas água e nada mais, porque o TJMG tinha suspendido o pagamento da pensão por morte que Hierania recebia por sua folha de pagamento, desde 25 de janeiro de 1984, e recusava-se em cumprir as normas constitucionais e a Lei estadual: 8.283/82, bem como qualquer outra lei pátria vigente que determina o pagamento da pensão para a filha do magistrado ou do servidor público que tivesse alguma deficiência física ou sensorial.

Hierania ficou com muito medo do abandono e da indigência e, por isto, bastante desesperançada.  Assim, temia o futuro e a ruína de seus sonhos.  Queria se formar em Direito e ser uma competente profissional na área jurídica.  Pensava em fazer o concurso público para seguir a carreira de Juíza Federal.  As circunstâncias, porém, eram lhe bastante adversas.

Os políticos, de maneira geral, eram indiferentes.  Não queriam saber de nós ou de qualquer coisa relacionada a violação de nossos direitos previdenciários por parte do TJMG.

O foro privilegiado dos magistrados, também, impedia a interferência dos órgãos de persecução penal do Estado brasileiro para coibir os bárbaros crimes contra os nossos respectivos direitos humanos individuais.  Não tínhamos quaisquer garantias constitucionais individuais.  Experimentávamos uma abominável insegurança e incerteza jurídicas.  Isto fazia com que os nossos horizontes fossem bastante estreitos.

Mas, apesar de todas as adversidades e vicissitudes vividas, que faziam com que roubassem a nossa esperança, nunca perdemos a fé em Deus.

Atualmente, a Drª. Daniela de Souza Neves _ médica otorrinolaringologista no ambulatório do Hospital Vera Cruz _ encontra-se a investigar este caso.

Hierania, ontem, realizou exames com a Drª. Jaqueline de Castro Santos para medir a sua acuidade auditiva.

Embora já tenha o resultado em mãos, estamos aguardando o posicionamento da Drª. Daniela Souza a respeito de seu atual quadro clínico e possível tratamento.

Por fim, acrescento que, de 2010 para cá, chegou a ter crises de labirintite.  Agora, estão controladas.

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