terça-feira, 13 de agosto de 2013



A incondicional luta pela cidadania










Em minha casa, ensinei minhas filhas, desde muito cedo, a lutar pela defesa de seus direitos e de sua cidadania.

Tenho muito orgulho de minhas filhas, Hierania Batista Avelino Peito e Bruna Micheliny Batista Pereira Ottoni.

O pensamento político abaixo apresentado é a expressão mais cristalina da formação que dei as minhas filhas.

Boa leitura.










 A PARTICIPAÇÃO SOCIAL DO POVO NA POLÍTICA NACIONAL:
Coisa cada vez mais rara no país.

            BRUNA MICHELINY BATISTA PEREIRA OTTONI,
Do 7º Período de Jornalismo da UNIBH.


Assim como na Argentina, país tradicionalmente de população politizada, o Brasil, também, vem enfrentando o desinteresse, cada vez mais crescente, da população por assuntos afetos a vida política do País, mergulhado em crises políticas, de maneira sucessiva, e sem resposta clara e ágil do Judiciário nacional, que continua a recusar-se a fazer “cortes na própria carne”, a fim de salvar o Estado-Nação brasileiro da impunidade institucionalizada.  A população apenas tem interesse na economia e no mercado que lhe proporcione exercer atividades de consumo imediato. 
Muito pode-se cogitar acerca dos motivos deste crescente desinteresse.  Contudo, aponto, sobretudo, o excludente modelo do sistema político-partidário-eleitoral que se adota, onde pesquisas de opinião revelam que raramente o eleitor brasileiro lembra-se em quem votou para um cargo político nas últimas eleições.  Este distanciamento entre eleitor e eleito leva a uma grande distorção e deturpação do sistema político-social brasileiro.  E não adianta em se falar em orçamento participativo ou qualquer outra coisa que o valha, como audiências e consultas públicas, que o foço não diminui.
Há ainda a ausência do surgimento de novas lideranças políticas, vindas das diversas classes sociais, de criação espontânea, e, não artificialmente fabricadas.  Isso também consiste em um outro fator de segregação política do povo, visto que não há identidade entre as partes envolvidas no processo político-eleitoral, suficientemente, capaz de empolgar as multidões e de transformar a dura realidade da maioria dos brasileiros que são constantemente espoliados em seus direitos e interesses individuais e coletivos.  É impossível manter um País em democracia crescente, sem a participação popular que torne legítimas as decisões de seus parlamentos.  E este é um problema sério!  São caríssimas as campanhas e os meios de produção da informação.  O cidadão comum, por mais talento político que possua, está alijado da disputa político-eleitoral, dada a sofisticação sócio-econômica para a captação de sufrágio.  E como vencer este obstáculo?  Será que existe esperança?  Luz no fim do túneo?  Historicamente, a inserção no meio político dependia basicamente do talento, da inteligência e da capacidade pessoal do aspirante a um cargo público em qualquer um dos três poderes do Estado brasileiro.  Hoje, as dificuldades político-econômicas são tão assentuadas que, sequer, pode-se pensar um cidadão comum, um profissional liberal, um professor, um micro-empresário, dentre tantas outras classes sociais menos abastadas, em ingressar na vida pública, sem se tornar um fantoche ou um marionete de forças econômicas de origem duvidosa.  Forças poderosíssimas estas, que fabricam políticos descompromissados com os grandes projetos nacionais.  Visa-se apenas a construção de um “homem de marketing” que dirá pelos meios eletrônicos, durante o período eleitoral, aquilo que agrada aos ouvidos do necessitado povo brasileiro, refém do poderio  exacerbado das empresas transnacionais e do capital volátil, cada vez mais volátil, de caráter especulativo, das grandes economias mundiais.   
Tenho muito receio de que esta apatia político-social do povo brasileiro leve o País a crises políticas ainda maiores e mais profundas e de que a juventude não desfrute do satisfatório regime democrático republicano que lhe deve ser caro.  Os direitos humanos fundamentais do indivíduo só são respeitados se vivemos em uma democracia plena.  E, para isso, cabe ao povo de um país, exercer a suas liberdades constitucionais de forma também plena para proporcionar-lhe uma melhor qualidade de vida para si e aos seus, por meio do acesso a um mercado interno fortalecido que lhe gere cidadania incondicional. 


    

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