segunda-feira, 12 de agosto de 2013




As crises de epilepsia de Bruna Micheliny Batista Pereira Ottoni na Unibh










Quando Bruna Micheliny tinha as suas crises convulsivas nas dependências da Faculdade de Jornalismo da Unibh, a direção ou algum colega seu telefonava.

Eu ia imediatamente socorrê-la.

Sempre que lá cheguei, encontrava a maioria dos alunos bem distantes dela.  Pareciam traumatizados com a sua crise convulsiva.

Eram crises rápidas, as quais passou a dominar e superar.

Ao redor de Bruna Micheliny, também, ficavam uns seis ou oito colegas que a protegiam.  Eles diziam-me que podia ficar tranqüila que não a deixariam só.  Isto até que eu chegasse.

Entendi, que os seus colegas tinham medo de que alguém desse uma pancada em sua cabeça em que ela podia até morrer e dizerem que ela caiu e morreu em decorrência da crise de epilepsia.

A enfermeira da Unibh queria que eu a retirasse da instituição de qualquer jeito, dizendo que Bruna Micheliny, estava causando prejuízos psicológicos, mentais aos demais alunos que, segundo a mesma, não estavam conseguindo estudar, porque não conseguiam se concentrar de medo dela voltar a ter outra crise convulsiva ao lado deles.

A enfermeira queria tirar Bruna Micheliny à força da Unibh.  Chamou-me na enfermaria e disse-me que minha filha era um terror que causava pavor, medo, horror e repugnância nos demais alunos, professores e funcionários.

Os colegas que a socorriam demonstravam ter muita atenção para com minha filha, Bruna Micheliny. 

Às vezes, traziam-na em casa, sem comunicar nada.  Isto porque já sabiam como socorrê-la.  Eles aprenderam a atender a uma pessoa que entra em crise convulsiva passageira.

Bruna Micheliny voltava já recuperada.  Não precisava de ser carregada.  Nunca precisou deste tipo de socorro.

Quero esclarecer, que as suas crises convulsivas se davam, porque Bruna Micheliny deixava de tomar a medicação prescrita pelo médico.  Dizia que queria ser perfeita, isto é, igual a todas as demais pessoas que não necessitavam de nenhum medicamento anti-convulsivo.  Chegava a ficar seis a oito meses sem tomar um comprimido sequer.

Apenas quando passava mal, contava-me esta sua proeza.


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