sexta-feira, 16 de agosto de 2013



A Justiça paulista e a Imprensa nacional






Antes de mais nada, tínhamos procurado auxílio junto a Justiça paulista, que amistosamente quisera resolver a situação.

Concluiu pela impossibilidade de solucionar a causa por entender que a Justiça mineira não respeitava as leis.

Desembargador Nélson Calandra _ presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) _ aguardamos uma solução vinda de sua caneta como uma autoridade que conhece do assunto pessoalmente, vez que já tínhamos exposta esta situação a Vossa excelência em outra ocasião.

Esta exposição dos presentes fatos fora lhe feita em 1993.

Embora já tenha se passado vinte anos, não desistimos de reivindicar sua autoridade para atender as nossas necessidades legais e as das pessoas que são vítimas como nós de violações dos direitos civis e políticos.

É bem sabido, que, aquela época, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) poderia ter resolvido o problema do pagamento da pensão da viúva do desembargador Secundo Avelino Peito, que estava sendo alvo de grande corrupção no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG).

Isto nos foi dito pelo próprio TJSP.

_O que aconteceu?

O TJSP tem poder de Justiça e poder de Imprensa.  O TJSP tem assessoria de Imprensa.

_Por que os desembargadores do TJSP mandaram que fóssemos procurar a Imprensa e os políticos?

_Por que recomendaram-nos que procurássemos os políticos do Partido dos Trabalhadores (PT)?

Os desembargadores do TJSP não nos recomendaram que procurássemos os políticos do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), porque julgavam que não tinham credibilidade para resolver este nosso problema.

Já naquela época, o TJSP revelou-nos que já sabia que o PSDB é corrupto.

Nas redações dos órgãos de Imprensa apenas olhavam para nós e diziam:

“_Coitada, ela é cega, né?  Coitada, ela é dona de casa, né?  Ignorante, né.”.

Então, depois de procurarmos o TJSP, lá fomos nós procurarmos a Imprensa.

Encontramos a fama, a farsa, a hipocrisia e a mediocridade na Imprensa brasileira.

A Imprensa Nacional faz questão de enganar a sua própria sociedade civil.

O ano correto do corte da pensão de Hierania foi 1991.  Estamos em 2013.

Até hoje, também não recebi a minha pensão de viúva por falta de dignidade das autoridades que compõem os órgãos públicos e os membros da Imprensa Nacional que não tomam as atitudes cabíveis como profissionais.

Em 1993, procuramos a Revista Veja.  Esta ficava, em São Paulo/SP.

A reunião estava marcada com o seu redator-chefe, Júlio César de Barros.

Hierania e eu comparecemos no horário marcado.  Era uma bonita manhã.

Nosso mundo era tão lindo como esta manhã.

Levamos um dossiê preparado por Hierania.  Tinha aproximadamente duzentas páginas datilografadas.

Este continha denúncias a respeito das ilegalidades administrativas e criminais das ditas autoridades do TJMG.

Júlio César de Barros, que se sentia o máximo, disse-nos que não podia publicá-lo na Revista Veja.  Mas pediu-o para estudá-lo.

Júlio César de Barros apenas disse-nos que iria ver o que poderia ser feito para resolver o nosso caso, pois tinha um grande poder e uma grande força política.

Nunca mais voltamos a vê-lo.  Ressalto, que prometeu entrar em contacto conosco.

A época, não tínhamos nenhum político para patrocinar a nossa causa.

Depois, o Aloizio Mercadante se prontificou a nos ajudar.  A ajuda, porém, não chegou, até hoje.

Mercadante se prontificou a solucionar a nossa causa. 

Na verdade, a corrupção estava tão crítica, que a nossa situação financeira apenas permitia que vegetássemos.  E, até hoje, continuamos a vegetar.

Até hoje, não tivemos dinheiro sequer para ir a Europa ou aos Estados Unidos, nem mesmo por meio da aquisição de um pacote turístico comercial.

Isto, tal como naquela época em que tivemos que voltar caminhando da redação da Editora Abril até a Bela Vista.

este redator-chefe, sequer, perguntou-nos se queríamos uma condução até a nossa casa.

Não mandou nos levar até a nossa casa, por educação e respeito.  Mas saber pedir o dossiê e dizer que ia nos ajudar a resolver o problema, isto ele soube fazer.

Ter o dossiê em mãos era muito importante para ele.

Esclareço, que nós não fomos lá vender notícias ou artigos.  Fomos pedir a Imprensa que denunciasse a corrupção reinante no Poder Judiciário brasileiro, porque este estava lesando os nossos direitos previdenciários.

Hoje, sabemos que a Imprensa brasileira serve apenas para conversar banalidades, futilidades e vulgaridades no País.

No momento da seriedade, dissimulam a realidade das pessoas.

O Brasil vive de fantasia.  A Imprensa trata os brasileiros como reles cidadãos que não merecem viver em uma sociedade real ou verdadeira.

Escândalos de corrupção não são mostrados para a opinião pública brasileira.

_Que consciência cívica a Imprensa transmite ao povo brasileiro?

_Qual era o valor humano que tínhamos para os poderosos dirigentes da Revista Veja?

Atribuíamos credibilidade ao seu trabalho.  Era, porém, apenas ilusão.  Sequer, entendiam a nossa linguagem.

Naquele tempo, já, falávamos da subtração de dinheiro público por meio dos crimes de exploração de prestígio e de tráfico de influência.

E, até hoje, os criminosos, em suas organizações criminosas, vagam soltos na lavagem de muito dinheiro.

Falávamos de respeito aos nossos direitos civis e políticos, que estavam barbaramente sendo violados por criminosos de uma organização criminosa transnacional, infiltrados no TJMG e que possuíam título de desembargadores.

Falávamos de improbidade administrativa no TJMG.

Júlio César de Barros apenas demonstrou que ficou zonzo.  Ele não quis dialogar conosco.

Enfim, o seu comportamento dizia-nos que, para ele, éramos insignificantes demais.  Uma pessoa tão nobre como ele não podia dialogar conosco.

Falávamos de um gigantesco esquema de corrupção no TJMG para fraudar as nossas pensões por morte de natureza especial, as quais são a nossa fonte de renda.

Este esquema criminoso formado por desembargadores do TJMG não permite que tenhamos uma outra fonte de renda própria, por sabotarem qualquer atividade que venhamos a desenvolver.

Por exemplo, se Hierania fosse advogar a partir de dezembro de 2004, ou seja, a partir da época em que se bacharelou em Direito, disseram-nos que não teria clientes e, também, que tirariam a sua pensão.  Nós não duvidamos.  Íamos morrer de fome mesmo, mesmo, mesmo, mesmo.

Aqui em casa, a coisa é realmente feia.  Nunca tivemos tempo para brincar.  Falamos apenas de coisas sérias, dada as pressões que sofremos e a gravidade do problema institucional do País sobre as nossas vidas.

Desde 25 de janeiro de 1984, falávamos de respeito a nossa dignidade humana.

A Revista Veja encontrou dificuldade para entender a diferença entre legalidade e moralidade.  Respeitavam apenas os que praticavam a lavagem de dinheiro.

Para os empresários e os jornalistas da Revista Veja, tinha valor apenas a ostentação de um poder econômico, sem a comprovação de sua origem.

A Revista Veja, porém, não entendia nossa linguagem de pedir respeito a legalidade e a moralidade pública.  Confundiam legalidade e moralidade com lavagem de dinheiro, isto é, dignidade humana, para eles, era apenas a ostentação de um poder econômico, mesmo que fosse sem a comprovação de sua origem.

Em 1993, já, apenas pedíamos que a Revista Veja publicasse uma matéria para denunciar os crimes contra os meus direitos previdenciários de viúva e os de filha de Hierania Batista Avelino Peito para defendermos o cumprimento da lei neste País.

Isto não teve nenhum valor para a Revista Veja.

Júlio César de Barros e a direção da Revista Veja, pelo seu comportamento empafioso, demonstrou que julgou que estávamos apenas atrás de cinco minutos de fama.  Não viram o sofrimento em que estávamos vivendo.  Não respeitaram a nossa dor.

Até hoje, não respeitam a nossa dor e o nosso sofrimento.

Para este poderoso grupo jornalístico, os cinqüenta e dois anos de trabalho profissional prestados por meu marido, Secundo Avelino Peito, ao Estado de Minas Gerais não tinha nenhum valor.

Isto também é válido para o governo mineiro.  Ele continua indiferente as nossas denúncias.

_Como pode um governador ignorar as nossas sérias denúncias?

_Antônio Anastasia governa para quem?

Há poucos dias, Antônio Anastasia falava no programa da Rádio CBN Brasil, ao meio-dia, apresentado por Carlos Sardemberg, mas não se pronunciou a respeito das nossas graves denúncias de corrupção no TJMG e no seupróprio governo.

Falou também no MG TV e não mencionou nada a respeito destas minhas denúncias.

Pelo que eu saiba, são os impostos dos contribuintes mineiros que custeiam o pagamento do espaço televisivo que ocupa.

_Ou Antônio Anastasia foi a mídia, pagando o espaço, com o dinheiro de seu próprio bolso?

Até hoje, este círculo vicioso não se interrompeu em nossas vidas.

Ainda hoje, nós não temos dinheiro do próprio bolso para irmos a mídia falar.

Nós não recebemos, nem mesmo os nossos direitos de pensionistas para comer e para cumprir os nossos deveres civis como todo o cidadão tem o direito de fazer.

Antônio Anastasia corta a minha luz.  Tira a minha água.

_E meus animais e eu vamos morrer de fome e sede?

Não tenho dinheiro para comprar água, nem vela.

O juiz de direito manda ligar a luz e  a água e Antônio Anastasia não cumpre as liminares que determinam que sejam reestabelecidas.

A Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) não cumpre a determinação judicial para religar a nossa luz.  A CEMIG não cumpre a lei.

O governo do Estado de Minas Gerais não nos dá paz de espírito.  Utiliza-se destes meios para nos atormentar incessantemente.

Enfim, este é um governo formado por perseguidores declarados.

Para a Imprensa brasileira, as nossas vidas são insignificantes.

Para a Imprensa, Hierania é apenas uma cega.  E, eu, apenas uma dona de casa, sem diploma de curso superior.


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