terça-feira, 13 de agosto de 2013



O papel da Imprensa no Brasil.  A bonita missão do jornalista.










Com o brilhante pensamento de Clóvis Rossi, vou retomar o relato de minhas memórias a respeito de minha luta pela cidadania a partir dos idos de 1994.

O texto abaixo foi produzido por minha querida filha, Bruna Micheliny Batista Pereira Ottoni, nos bancos da faculdade de Jornalismo do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH).










Resumo: O que é o Jornalismo?


Clóvis Rossi, descreve o Jornalismo logo no inicio de sua obra como uma profissão fascinante, pois essa trabalha com uma arma poderosa que pode "dominar" milhões de pessoas sutilmente, formando opiniões, através da palavra.
O autor defende que o jornalista, independente do profissional, é uma pessoa com opinião e cultura própria,e que por isso não passara uma notícia totalmente neutra, abandonando se fosse assim, a idéia da batalha pelas mentes e corações das pessoas, e por isso caracteriza a objetividade  no jornalismo como um mito, pois ela simplesmente existe em raras exessões.
Acreditando-se que em um relato, pode haver duas versões diferentes, formulou-se a "lei de ouvir os dois lados", com isso também se busca passar uma certa neutralidade,se isso for possível, nos fatos para o leitor definir o "lado" correto em sua visão.
È importante ressaltar que o jornalista deve buscar ser o mais  objetivo possível,ou seja, transmitir os acontecimentos da maneira como ocorreram com fidelidade, procurando ser distante e frio mas não desinteressado.
Essa busca do distanciamento, torna-se mais difícil em casos especiais como em um veículo partidário ou classista, pois o jornalista nesses casos tem que usar do seu poder de persuassão e convencimento,através da palavra, para destacar de maneira positiva o partido onde trabalha.
A televisão seria o melhor meio para transmitir de maneira fiel  e real os fatos, não fosse pelo poder de reprodução que ela obtém e usa em várias ocasiões de acordo com seu interesse, mantendo assim a objetividade como um mito.
Para preparar um veículo noticiário, existe alguns passos como a pauta, que é quando defini-se o que se deve ou não ser publicado, podendo nessa ter quatro distorções consideráveis, que são: a geração de um círculo vicioso; o distanciamento das pessoas responsáveis por uma reportagem  que ficam na redação, pois é o jornalista que tem esse contato mais intimo com o que relatou; a falta de participação das pessoas importantes, relacionadas à reportagem, na sua finalização, criando grupos específicos para isso e portanto, restrições participativas que não deveriam acontecer;e o fato do repórter estar voltado a seguir condições pré-determinadas pelos pauteiros.
Ao existir a verticalização ou seja o chefe e o subordinado, muitas vezes o repórter acaba sendo subordinado da própria reportagem ao ter que aceitar os cortes atribuídos a ela e essa verticalização gera a apatia na redação.
Uma reportagem para ser clara e rica em detalhes deve responder a seis perguntas que são fundamentais: quem? Onde? Como? Quando? O quê? Por quê? E a esse processo chamamos de lead, um ex..: "O jogador fenômeno Ronaldinho,terminou esse mês, uma seleção de comerciais em São Paulo, para o supermercado Carrefour, para lançar sua nova linha de brinquedos em parceria com essa rede".
Porém ao estabelecer o lead o jornalista se prende a esse padrão e perde seu estilo informativo próprio.
Há o copidesque é o nome atribuído ao redator que também padroniza a reportagem e as ajusta de maneira adequada às exigências da sede devido a grande demanda de informações. Ao ser um filtro, o copidesque, que não enxerga a reportagem como quem estava no local, já distorce os fatos retirando elementos importantes que podem estar presentes como as emoções e os detalhes que o repórter enfatizo, diminuindo a absorção do leitor final.
O autor fala que há sucessos tanto nos meios em que a padronização é rígida como: a revista Veja; e nos meios onde à liberdade ao estilo do repórter como: O Cruzeiro (já extinta).
Nessa padronização o por quê  deveria ter prioridade por envolver uma grande investigação sobre os acontecimentos e uma boa quantia de conhecimento sobre o tema tratado.
Há além do copidesque outros filtros de igual ou maior importância que são: inicialmente o editor, segundo o tamanho que a reportagem deve ter, terceiro o tamanho do título, quarto é a colocação na página e no final o editor da suas opiniões de grande influência, além da cúpula da redação.
O jornalismo prefere a declaração à informação, pois a última responsabiliza  o jornalista e a declaração quem a faz.
O autor ressalta que uma pesquisa ampla sobre o entrevistado deve ser feita antes da entrevista para o jornalista questionar bem e com fatos, mostrando que entende sob o assunto em questão e que não vai simplesmente copiar tudo o que o entrevistado falar.
O bom jornalista deve: verificar se as fontes são confiáveis, checar as informações, não desprezar nenhuma fonte.
A fonte pode ser corrompida de uma maneira direta pela compra simples, estimulando um desejo de aparecer nos jornais, negociando uma noticia de interesse dessa fonte, ... e a diferença essencial entre elas, é que umas as das pessoas mais influentes na sociedade são mais autorizadas que as das pessoas mais simples, isso em geral.
Acerca do press-releases, o autor acha que esses escondem muito mais do que revelam, pois na maioria não é interessante mostrar a verdade, com exceções como: homenagens, inaugurações, etc.
A liberdade de empresa é maior que a de imprensa na medida que o dono do meio de comunicação determina o que deve ou não ser publicado sem respeitar a opinião do jornalista sobre o seu próprio trabalho.
O jornal francês Le Monde é um exemplo de empresa jornalística, pois a Sociedade dos Redatores detém 40% do capital da empresa, assim os jornalistas opinam, e esse jornal é respeitado no mundo inteiro.
O autor atribui o insuficiente preparo do jornalista à formação precária nas escolas, ao vestibular da maneira como é feito com poucos manifestos de escritas dos candidatos pois é feito para marcar os X (múltipla escolha), e às faculdades de jornalismo que não prepara o suficiente.
O desafio mais complexo para a especialização na imprensa se dá porque as empresas não estão dispostas a gastar o que é necessário e os salários dos jornalistas não permitem que eles próprios os façam.
E a respeito da honestidade no jornalismo, Clóvis Rossi diz: "Fazer bem e honestamente o seu trabalho é uma exigência, não para agradar os empregadores, mas para cumprir a sua missão."


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